domingo, 4 de julho de 2010

Um dia com muitos conhecimentos

Levantamos às 5h30. Já era tarde para quem queria pegar o amanhecer nas dunas. Saímos do camping rapidinho e seguimos em direção as dunas que ficavam 50km de onde estavamos.
Quando chegamos o sol ainda não tinha nascido, deu para fazer umas fotos belíssimas.
É um lugar muito lindo, lembra deserto mesmo.






Saímos dali em direção Mateiros, mas antes passamos no escritório da reserva florestal. E quem nos atendeu foi o Manuel, um guarda parque. Ele nos levou para conhecer várias plantas. Nos explicou o seu trabalho. Um trabalho bonito, além de ajudar a preservar ele tenta sensibilizar as pessoas para que não destrua. Ele realmente ama o que faz, pois fala com uma paixão que da gosto de escutar. Ele falou para passarmos na casa dele e comprar gelo, que o dele era o mais barato e o mais velho. Era R$ 2,00.

Achamos fácil a casa de Manuel. Só que o gelo já tinha outro preço, mas no final com uma conversa conseguimos fechar pelo preço que ele havia falado. Estávamos famintos, e fomos dar uma olhada no restaurante indicado por ele.


Para ser bem sincera eu não gostei da cara da comida e nem um dos lugares que fomos. Walfredo estava louco para comer o ensopado de gordura que a mulher estava fazendo. Passamos por uma placa que dizia: Pousada e Restaurante Panela de Ferro. Tinha uma cara boa. Só que estava tudo fechado, o dono veio atender no carro e informou que o restaurante não funcionava mais, devido a sazonalidade, que acabava dando prejuízo. Mas indicou outro restaurante.






Esse outro era bem simples, a comida tinha uma aparecencia melhor e conseguimos comer. Pelo menos não se via gordura. Fomos procurar queijo e salame ou mortadela para comer com pão a noite, pois íamos acampar em algum lugar do Jalapão. Não encontramos.


O que ficamos impressionados é com o preço de tudo. Uma bolacha walfer custa R$ 7,00, um pé de moleque R$ 0,50. Isto sem falar no preço do combustível que o diesel estava a R$ 2,34. Me senti assaltada.Não sei como as pessoas que vivem lá sobrevivem. A cidade mesmo não tem nada a oferecer. Somente nos arredores é que tem a beleza natural. Mas o preço é cruel.

Saímos sem o queijo e sem a mortadela. E, fomos conhecer o ferverdouro. Andamos alguns metros e chegamos num local estranho, como não havia indicação pensamos que fosse ali. Mas andando mais um pouco e lembrando das fotos vistas na internet, seguimos mais um pouco e encontramos um senhor deitado na rede só cobrando.



No começo pensei em não tomar banho. Entrou só o Walfredo. Um pouco temeroso, mas a água clara e um monte de piavinha nadando. Chegaram umas crianças e olharam para a gente com uma carinha de triste. Fiquei fazendo foto deles enquanto o Walfredo experimentava uma das sensações mais indescritível da viagem. Ele me chamava o tempo todo, mas não estava muito certa de ir para o banho.




Depois de muito me chamar acabei cedendo e cai na experiência. Realmente é indescritível. É um poço que brota água e naquele local não deixa você ir para baixo. A água te impulsiona para cima o tempo todo. Logo após eu entrar as crianças foram liberadas e ai fizemos amizade com as crianças. Foi muito legal o banho, mas começou a chegar turista e acabamos saindo para dar lugar a eles.




No caminho para o carro conhecemos o pessoal que estava fazendo uma expedição no Jalapão de estradas sem asfalto. Era do grupo Garagem 4X4. Eles estavam em duas troller e dois carro catarinense o Stak. Olharam muito o nosso caminhãozinho e vieram conversar com a gente. No encontro teve uma troca de informação, todos querim contar sobre suas conquistas, a conversa cada vez se estendia mais. Eram o empresário dono da oficina 4X4, o prático do porto de Vitória no Espírito Santo, e outro que fabrica todas as placas para Coca-cola. Tudos da alta.. Eles entendiam de tudo que se refere a estradas e a carros 4X4. Mas a criatividade do Walfredo no caminhãozinho chamou atenção deles.


Trocamos cartão de visita nos despedimos. Queríamos conhecer a aldeia dos Mucumbas. Chegamos lá e fomos muito bem recebidos. Todos vieram nos recepcionar. Levaram nos para conhecer o artesanato que eles produzem com o capim dourado. Contaram como vivem e como é importante a visita de turistas para eles que tem como a maior fonte de renda a venda do artesanato.










Depois fomos convidados a entrar na casa, queriam servir café. As casas são de tijolo, cobertas por palha (folha de buriti) e de chão batido. Dentro da casa tem geladeira, cristaleira, fogão a gás e todas têm antena parabólica. O que mais me impressionou foi com a cor das pessoas, que achei muito linda, chega a ser um marrom dourado com os cabelos lisos. É um povoado muito interessante. Tinha também muitas crianças. Acho que é o que eles mais produzem é filhos, como disse o Japonês do grupo garagem 4X4 de São Paulo. Acabamos comprando alguma coisa para ajudar a comunidade, que está organizada em cooperativa. E tudo que vende é para todos.

Já era fim de tarde quando fomos conhecer outra cachoeira, e um poço que dava para tomar banho. O sol já estava fraco e a água um pouco gelada. Olhamos, fizemos algumas imagens e saímos. Por isso combram R$ 5,00. Alí funciona também um camping, mas a quantidade de mutuca era tanta que não dava para ficar ali. Na saída vimos um grupo perto do nosso caminhãozinho, eles eram de Salvador e de São Paulo. Estavam muito curiosos e esperaram nós chegarmos e disparam um interrogatório sobre o carro. Um deles falou que vai fazer a mesma viagem que a gente para o Alaska no ano que vem em outubro.









Não achamos legal o camping e partimos para negociar com o Seu Zé da Panela de Ferro um preço camarada para nos instalarmos lá. Não conseguimos o preço que queríamos, mas acabamos ficando. Estávamos mortos de cansado. Estava na pousada o grupo da Garagem 4X4. Eles estavam vendo as fotos, numa animada conversa de fim de dia. Procuramos interagir um pouco, mas nosso cansaço foi maior.







Um comentário:

  1. Oi pessoal,

    tô acompanhando a "correria" de vocês. Que delícia, que lindas fotos, que roteiro e... que inveja!!! Sejam felizes, adoro vocês.

    Beijos


    Simone Müller

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