sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Novo passo para a difícil escolha



Ontem fomos chamados pelo Claudio Candido, da Top Car, revendedora da Land Rover na grande Florianópolis, para conhecermos a nova Defender 110.
O Claudio é muito prestativo, deixou a gente verificar cada coisa e com tempo.
Nossa descoberta foi : sentimos apertado dentro dela, nosso caminhãozinho é mais espaçoso, mais alto. Mas por outro lado a Defender parece ser mais segura, ela já vem com todos os itens necessarios de fábrica, não precisa ser adaptada, é montada para este tipo de aventura (qualquer estrada, qualquer lugar).
Cada dia que passa nossa dúvida aumenta. Estamos colocando na balança tudo de um veículo e do outro, mas ta difícil de escolher.

Já inclusive procuramos outras alternativas, mas perderam feio para estes dois. O que mais pega é que a Defender vai ficar com 50% dos recursos que temos para o projeto. Por outro lado, tem o problema da incomfiabilidade das revisões feitas pela Kia, ela só troca o óleo e de maneira alguma verifica ou avisa os desgastes de peça, para os proprietários (isso aconteceu com a gente duas vezes), e quando se reclama o que ouvimos é vocês andam por estradas muito ruim. Parece que gostam de ver o cara se arrombar. Se ficarmos com o caminhãozinho temos que procurar uma oficina confiavel e séria, que vá verificar cada item para não corremos riscos desnecessarios.

Tem também o lado da identidade, o caminhãozinho da uma identidade para nós e para o nosso projeto. Triste dúvida e o tempo está passando, dia 01 de julho de 2011 está quase chegando...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dificil a escolha do veículo

A data da partida foi marcada, dia 01 de julho de 2011. Há um dilema muito grande na escolha do carro. Sabemos que o que temos não irá cumprir a missão, bem que gostariamos.

Além de todas as atrapalhadas das oficinas Kia, tanto aqui em Floripa-SC como em Itu-SP, que as revisões serviram apenas para a troca de óleo. Em nenhuma delas foi feita a verificação dos desgastes de peças. Bom é melhor deixar isso por enquanto de lado. Tem ainda o problema que tem pouco cavalo puxando o caminhãozinho, isso dá um pouco de insegurança, principalmente para ultrapassagens em subidas.

Pensamos na Defender 110, mas ela tem um custo elevado, tanto na aquisição, quanto de manutenção e peça. Vamos continuar estudando as opções que aparecerem e verificar a viabilidade para a grande aventura.

sábado, 30 de outubro de 2010

A GRANDE VIAGEM

Começou a contagem regressiva para partida da nossa maior aventura. Uma viagem que não vai ter data de volta. Vai passar pelas três América. E você poderá participar do planejamento. Estamos fazendo a primeira parte que é a pesquisa.

Já traçamos alguns roteiros, que para nós foram mais fáceis de planejar, devido ao programa que temos o Microsoft Streets & Trips que é bem completo em termos de rodovias, infra-estrutura das cidades nos Estados Unidos e Canadá.

No próximo post colocaremos os estados e as cidades da América do Norte que visitaremos, e pedimos a quem conheça a região que nos forneçam dicas e sugestão.

domingo, 11 de julho de 2010

A expedição Brasil Central chega ao final



Hoje saímos a caminhar pela cidade juntamente com o Zé, fomos conhecer o salão de areia, um lugar interessante, onde corre um rio que forma várias cachoeiras e no meio tem uma formação rochosa com areias de várias tonalidades.

Para chegar no atrativo, tem que se andar aproximadamente 5 km. Na metade da caminhada contratamos um guia, para podermos chegar nos lugares certos sem problemas. Placas indicativas parece que é proibido. A intenção é de gerar emprego para os guias. Quase nem percebemos que percorremos uma longa distância, pois a conversa estava animada.. A subida foi por rochas e pedras. Depois tivemos que cruzar o rio, que diga de passagem a água estava gelada. Chegamos numa cachoeira que forma um poço, aonde as pessoas tomam banho, não me animei, sou que nem gato, odeio água fria.


Estava programado para almoçarmos no Bode Gril restaurante. Esperamos meia hora para o restaurante abrir sentados na calçada em frente, pois ele só abre as 12h em ponto, mas valeu a pena. Comemos a comida mais barata da região. Tem uma grande variedade de carnes, saladas, legumes cozidos, têm até cactos ensopado. Na verdade comemos muitos e saímos caminhar novamente por Lençóis.

Encontramos um grupo animando que estavam fazendo um curso de fotografia de natureza , com o Jurandir Lima. Conversamos um pouco, trocamos informações, indicamos o restaurante e saímos em direção ao camping para desmontar a barraca e seguir viagem.

Chegamos no camping e fizemos aquela avaliação básica de turismologos, falta tudo para ser chamado de camping. Na verdade o cara tem apenas um terreno lindo. ele poderia equipar o camping muito melhor. Os banheiros fazem mais de uma semana que não limpam. Não há mesas e cadeiras para as pessoas sentarem e fazerem uma refeição, ou uma canastrinha. As tomadas de luz são pregadas nas árvores. Não há lixeiras espalhadas para colocação do resíduo. Enfim o negócio ali é só cobrar, oferecer nada. Há quem diga que é o melhor camping da cidade.

Deixamos o Zé em sua solidão, ele irá para o nordeste e nós para o leste. O que senti no momento da partida foi que poderíamos ter ficando mais tempo para ouvir as experiências de vida que o Zé tem.

Saímos empolgados para fazer a antiga estrada do garimpo. Tínhamos a esperança do rio estar baixo para poder atravessa-lo. Depois de 18 km vimos que realmente não dava. Não íamos arriscar, pois teríamos que passar pelo leito do rio, que além de não conhecer o espaço, havia muita água devida as chuvas que ocorreram. Afinal estávamos longe de casa e com grana curta para assumir esse risco.

Compramos pão e se despedirmos da chapada com a certeza de algum dia voltar, pois não esgotamos e nem um lugar as coisas bonitas que tinham para ser vistas.
Andamos por cima da terra e por baixo dela. Foram muitas caminhadas, muitas cachoeiras, banhos de poço, dunas, pedras, areia, barro e pessoas que jamais vou esquecer. Talvez esta seja a minha maior riqueza das expedições e que gosto de dividir com as pessoas.

Vamos para o litoral, só que agora outro tipo de viagem.

sábado, 10 de julho de 2010

Encontrando pessoas especiais

Acordamos tão cedo que a cidade ainda dormia. Trabalhamos um pouco nas nossas missões diárias, pegamos nossas máquinas e fomos para rua fazer foto de uma cidade muito organizada, além disso ela mostra em cada detalhe a sua história, uma história de garimpo.

Fotogênica é assim que chamamos uma cidade como Mucugê-BA. Com pessoas atenciosas que te atende com prazer, não se cansam de dar informação como é o caso de Roberto e Amália, donos de um receptivo de turismo Trilhas e Caminhos, juntamente com uma lojinha de artesanato.

Passar um pedaço da manha com eles foi muito gratificante pelo volume de informações que recebemos. Nosso trajeto vai ser incrementado pelos lugares sugeridos. Ela é psicóloga, jornalista e fotografa e ele é guia especializado em publicações de mapa, circuito, cartilhas e guias turísticos. O endereço na Internet deste simpático casal é http://www.trilhasecaminhos.com.br/.

Eles contaram que tem muita vontade de andar pelo mundo como nós. E perguntou se a gente vai aos pouquinhos ou de supetão. Nós falamos que era de supetão. Ela conta que os filhos tanto dela quanto dele já estão bem de vida e já não dependem deles. Outro lugar que eles querem fazer é o caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. Isso lembrou nosso amigo Guido, que disse que vai fazer 14 vezes.

Hoje foi o dia de descobrir histórias. Acho que a melhor coisa que me aconteceu durante o curso de jornalismo, foi ouvir. E meu ouvido esta bem afiado, pena que minha cabeça não consegue mais guardar detalhes tão ricos que me são oferecidos. Usava um gravador, mas deixei emprestado, e a máquina que filmava acabou estragando na viagem.

Mas alguma coisa consegui guardar como a história de Seu Otavio. Um comprador de pedras preciosas, principalmente diamante, da cidade de Iguatu. Ele vive ali des do tempo em que a cidade era um garimpo. Hoje tem 86 anos, e vive na agonia de ter escondido suas pedras preciosas e de não lembrar onde guardou. Seu Otavio ficou rico, tanto na compra das pedras como quando os garimpeiros foram embora, ele comprou a maioria das casas na cidade. Mas um dia acordou pensando que seu filho ia roubá-lo. Então pegou toda a sua riqueza, que era guardada em casa, dinheiro, pedras preciosas, inclusive muitos diamantes e enterrou.

O pior é que esqueceu onde guardou tudo. Isso já fazem mais de 15 anos. Ele cavou ao redor da casa, no terreno, como ele diz por tudo mesmo. O dinheiro como contou Guimé, já não vai ter mais valor, mas as pedras o tornaria um homem muito mais rico do que já é, pois as terras e as casas ele não precisou enterrar.













Outro casal interessante que conhecemos hoje foi Heloisa e Roger. Ela de Campinas e ele americano de Cleveland, Ohio. Ele já mora aqui a 40 anos. Na verdade ele é plantador de abacaxi na cidade de Eunopolis -BA. Ela professora universitária da Unicamp em Campinas – SP. Os dois se conheceram pela Internet a seis meses, e estão namorando. Ele também tem terras na Chapada, mas preciso em Iguatú. Contou que comprou as terras por menos de R$ 0,01 o metro quadrado. Ambos gostam de conhecer gente, e tem muitas histórias para contar. Foi tão gostoso conhecer estas pessoas hoje. Que elas se tornaram o melhor atrativo do dia.













Outra figura interessante é o Amarildo dos Santos, ele escreve livros manuscrito. Quando você chega na cidade e começa a olhar as placas da casas, encontra uma muito gozada que diz: “O Ponto. Entre aqui e compre alguma coisa. Amarildo dos Santos.” Isso me deixou muito curiosa. A casa estava fechada. Uma menina gritou lá da rua. Abra a porta Amarildo.



Ele abriu a porta e eu entrei. Dentro da casa é um perfeito sebo. Tem de tudo. Disco de vinil, revistas velhas, pôster com o autografo da Xuxa, (ele é fã dela, tem vários pôster) e quatro livros com tema diferente que ele escreveu manualmente. Um livro conta a vida que ele leva numa comunidade minúscula. Realmente é um ponto desta comunidade que é imperdível.

Depois de apresentar nossos amigos é hora de falar das comunidades que visitamos. Mucugê é uma cidade muito bonitinha e tem o cemitério de Bizantino. As construções obedecem a um padrão de casas geminadas, rentes as calçadas com portas muito altas. A maioria delas bem conservada e algumas até com floranda na janela. Foi click que não parou mais. As melhores imagens você pode ver no slideshow que montamos.

http://www.youtube.com/watch?v=n1FBSz1g20c

Saímos de lá e fomos para Iguatu como Amália tinha indicado, quando chegamos no trevo a nossa surpresa maior era a estrada, calçada em pedras. E, ficamos imaginando o que estava por vir. Só o caminho já era uma história. O que encontramos foi uma vila muito simpática e receptiva e os moradores vieram conversar com a gente. Um deles foi o seu Otavio e o Guiné, o outro foi o Fernando.


Fernando estava de bicicleta com o filho e o sobrinho. Ele contou que já percorreu a América do Sul numa moto. Fez a carretera astral no Chile e o extremo sul da Argentina. Ele tem várias histórias e um DVD que fez da viagem. Depois de fotos e fatos, por indicação dos nossos novos amigos Heloisa e Roger fomos comer no restaurante da Rita. Eu comi um escondidinho de banana da terra com carne. Bom nem preciso falar, pois adoro banana na comida e esse purê de banana cozida estava simplesmente maravilhoso. O Walfredo comeu um peixe de água doce chamado Tucunaré. A comida era muito gostosa e barata.

Era hora de ir embora, Lençóis nos espera. No caminho passamos pela Toca do Morcego, onde as lavadeiras lavam suas roupas. Uma água corrente escura. Perguntei para o guia o por quê da cor, ele disse que continha muito tanino. A mesma substância que tem em alguns vinhos. Um lugar comum cheio de coisas para turista comprar, com banheiros e lugar para tomar um banho de rio. A água tem a temperatura em torno de 24̊C. Para mim é fria.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O mesmo pneu que sempre fura


Saímos cedo da Pousada Pai Inácio para ir ver a cachoeira do buracão. Dizem que é linda. Fica mais ou menos uns 100 km. Quando entramos em Guiné vimos uma comunidade pequena, se organizando para uma festa Julina. Todos estavam nas ruas colocando bandeirinha, algumas casas com enfeites a janela e na parede. Eram chapéus, remendos de roupas. Ruas estavam fechadas e podia-se ver a construção de um palco para show. Achamos o maximo esta união do povo.

Chegamos em Ibicoara e fomos buscar informação. Entramos num receptivo para pedir informações sobre a cachoeira do Buracão. Ele nos respondeu: “a visita na cachoeira é só até às 14h”. Dia perdido, se ficar até amanhã nesta cidade não tem o que fazer, pois são 13h.


Então decidimos partir para Mucugê. Quando olhamos o carro. Adivinha??? Aquela roda que na expedição passada furou seis vezes o pneus, tinha furado novamente. Agora teríamos que espera até às 14h para abrir a borracharia. Demorou muito o concerto, eu mesmo já estava irritada com a demora. Mas fazer o que tínhamos que esperar. Primeiro foi fazer 100km e não consegui visitar o atrativo, depois o pneu.

Às 16h partimos para Mucugê na esperança de encontrar um camping ou um lugar legal e barato para dormir. Chegamos quando o sol estava se pondo. E, vimos um negócio branco lá no morro. Aquilo me chamou atenção parecia umas estatuas de longe. Pedi para o Walfredo ir lá. O que na verdade era um cemitério bizantino. Fotografei é claro, mas fiquei de voltar amanhã, pois a luz já tinha ido embora.


Fomos para o centro da cidade que informarão ter um camping. Paramos o carro na praça e vimos um carrinho, em modelo de caixão de defunto, para carregar bêbado. Achamos muita graça da criatividade, e dizem os moradores que o carrinho vira e mexe é usado para levar bêbado para delegacia.


















O camping da cidade era sem luz e sem água quente, na verdade é só um terreno que permite colocar barraca, infra-estrutura nem pensar. Seguimos vendo preço de pousada. Até que achamos uma com um preço super bom, sem café da manhã, mas com internet forte. A pousada é uma graça, toda em azulejo com pedra. Nosso quarto a cabeceira era uma pedra muito linda Gostei muito do lugar, do atendimento.











Saímos para jantar, até me assusta quando fazemos isso, pois a brincadeira acaba passando do limite. Pensamos em comer a quilo, passamos para pizza e acabamos comendo um filé que estava ótimo. Pedi um cálice de vinho. E, já quando pedimos a conta o garçom achou que entendíamos muito sobre vinhos e trouxe um monte para a gente experimentar. Foi bom e gozado. Saímos do restaurante rindo a toa.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Andando pelas cavernas

Estamos esperando os romeiros saírem para seguimos nosso caminho. A história deles é muito legal. Eles saíram no dia 2 de julho de Rui Barbosa com destino a Bom Jesus da Lapa, na Bahia, atravessando a Chapada Diamantina. Num percurso de 600 km durante 15 dias. Estão participando dessa expedição 11 homens, 22 mulas, 2 cavalos e um camionete D-20. São eles Roberto Pedreira, Prof. Rosalvo, Bano, Luiz, Manuel Dutra, Guardiano, Henrique, Galego, Jorbas Nascimento, Eduardo e Barrão O planejamento da viagem durou um ano, e isso se repete a cada ano, sempre com saídas no dia 2 de julho, que é aniversário de independência do estado da Bahia.

O consumo diário de cada animal é de R$ 5,00 e eles carregam na camionete além da alimentação dos homens, feno para os animais. Quando perguntei sobre a diferença de viajar com cavalo e com burro, Roberto disse que o Cavalo é mais amigo, o burro é mais traiçoeiro e resistente. Ele afirma que para acabar com qualquer problema eles carregam um animal diferente que é o cavalo Rally e os burros adotaram como madrinha e todos querem ficar perto do cavalo madrinha.

Fomos interagir mais com o grupo. Eu cheguei a montar no Rally, mas confesso que senti um medo danado do cavalo não gostar de mim e empinar. Estava tensa, mas estava adorando a ideia de estar montando. Queria ter dado uma volta com ele, mas acompanhada de outro montado também. Mas já valeu a foto.


Depois Manoel falou dos seus projetos e como havia começado as romarias, Ele disse que tudo tinha começado da vontade de realizar o mesmo trajeto que seu avô e quando conheceu Eduardo montaram o grupo e começaram as cavalgadas. Fiquei com muita vontade de fazer uma dessa. Gostaria muito de ter um cavalo, que eu confiasse e saísse pelo mundo a fora tendo o vento no rosto.
Estava distraída quando chegou um dos cavaleiros e entregou uma fita do Senhor Jesus da Lapa uma para mim e outra para o Walfredo, logo fomos amarrando ela para fazer os pedidos. Achei uma graça, ele lembrar de dar uma fitinha para nós.

Era hora deles saírem e descobri que a bateria do caminhãozinho tinha acabado a carga. Deixamos para resolver depois e fomos participar da partida deles. Manoel fez uma oração e pediu para que todos refletissem sobre a romaria e que não desfocassem do objetivo principal. Que a paz e a união do grupo deveria persistir em todos os momentos. Eles rezaram pelo sucesso da nossa expedição, e pediram proteção ao Senhor Bom Jesus da Lapa para todos nós.


Eles partiram, mas antes um dos romeiros entregou um cd de um grupo musical da cidade dele chamado Xodó, um forro e um dvd da penúltima aventura que fizeram. Vamos escutar e divulgar o grupo se ele for bom mesmo! E, nós fomos arrumar um carro para fazer uma chupeta.

No camping tinha um carro, mas o dono estava preparando o café da manhã e tivemos que esperar. Nesta espera conhecemos Romina e Leônidas dois chilenos que moram em Salvador. Ele faz musicoterapia, que é uma técnica que utiliza a vibração dos instrumentos musicais vindo da Índia, Tibet, África e Austrália, para a cura.

O café da manhã mais demorado que eu já vi, o Walfredo foi lá para dar uma apressadinha e ele entregou a chave do carro para nós dar uma carga na bateria e partir. Deu tudo certo e saímos do camping com atraso de 2h para as Cavernas de Torrinha. Chegando lá tinha três tipos de passeios e a diferença do menos completo para o mais completo era de oito reais. Então fizemos o completo por R$ 50,00 com um DVD. Confesso que no começo estava muito assustada. Sempre tive medo de caverna e me deu uma espécie de pânico. Mas lembrei da música de Pedro Bial que diz que devemos enfrentar o medo.






Então fui, no começo não achei muita graça, talvez por estar em estado de pânico, mas foi depois de passar por um buraco apertado começou a aparecer às coisas belas da natureza.


A formação de estalaguinita nas rochas e eram fantásticas. Só que era tudo muito escuro. O guia carregava um liquinho e ia explicando cada momento do passeio. O nome dele é Paulo, muito atencioso e cuidado, percebeu que eu estava com medo e me ajudou em vários momentos.


Tivemos muita dificuldade para fazer fotos naquela escuridão, mesmo aumentando o ISO, reduzindo a velocidade e colocando o flash, muitas não deram de fazer, como a foto padrão que é a da sombra.



















Saímos de lá e fomos para a Pratinha, que é uma gruta com água azul cristalina. Antes passamos no lago azul, um lugar rochoso que se você vai entre 14h30 e 15h30 o sol ilumina a rocha na altura da água dando uma tonalidade de turquesa. Estávamos pregados, tínhamos andado de gatinha na caverna. Mas felizmente chegamos a tempo de ver o efeito do sol.



Almoçamos no restaurante da Pratinha. O Walfredo comeu bode ensopado. Pelo jeito gostou. Eu preferi não almoçar. A quantidade de abelhas estava demais, nem dava para tomar o refri. Quando estávamos saindo, lembrei que havia esquecido no capacete minha lanterna. Senti uma tristeza grande.



Era hora de ir para ver o por do sol no morro do Pai Inácio. Chegamos lá havia uma guia muito cuidadosa, que além de cuidar do seus guiados cuidou de mim e do Walfredo também. Dando informações importantes, batendo foto nossa e segurando minha máquina para que eu pudesse andar sobre as pedras com mais segurança. O nome dela é Elisiane, ela trabalha num receptivo de Lençóis-BA. Quando estávamos saindo ela indicou uma pousada que fica na estrada. Seguimos o conselho dela, era tudo que queríamos, um banho quente, uma janta e lençóis limpos.


quarta-feira, 7 de julho de 2010

Enfim na Chapada Diamantina


Saímos cedo de Seabra. Passamos pelo centro da cidade para olhar a igreja de pedra, que o motoboy da pizza falou. Ele acha que é a coisa mais linda da cidade. Então fomos conferir. Nosso destino é Palmeiras. Chegando lá visitamos o escritório do Parque Chapada Diamantina. Conversamos com o fiscal do parque, ele falou para visitar o Vale do Capão e procurar a associação dos guias, que eles poderiam nos orientariam melhor.



Depois de sair do escritório do parque, tivemos uma surpresa muito grande. O centro de Palmeiras é uma graça. Tudo arrumadinho, pintadinho. A arquitetura é antiga. Mas as fotos falarão melhor.



















Se é assim, estão obedeceremos. Chegamos na associação dos guias depois de uma bela caminhada. Lá começamos a conversar para ver o que tinha para ser visto na região. Mas na verdade aquela associação era para levar as pessoas para cima do morro e ver a cachoeira da Fumaça. A caminhada era de 5h de subida. Olhamos um para outro e desistimos. Era muita subida para nós gordos mortais. Rsrsrsrs.

Resolvemos ir para Vale do Capão. Já estava perto do almoço. Paramos na comunidade e começamos a disparar nossas maquinas, uma arquitetura de chamar atenção. Todos na cidade queriam saber sobre a gente. Fomos assediados por todos, eles queriam saber sobre nossa viagem, sobre como vivíamos e sobre o caminhãozinho. Esta noite terá que ser num camping. Chega de mordomia. Decidimos acatar a indicação do guia que nos atendeu e procuramos um camping chamado Sempre Viva.




O camping até que é bonitinho. Tem algumas árvores, é todo pintadinho e organizado. Mas o mais importante de lá são as pessoas. A Lú realmente é cativante, ela nos acolheu com toda simpatia. E, foi nossa assessora de imprensa, contava sobre nós para todos que chegavam ali no camping. Além de pessoas o lugar estava cheio de burros e cavalos. Que eram de um pessoal que estão fazendo uma romaria.


Perguntamos para ela onde era bom de almoçar e o que poderíamos fazer de leve hoje, no período da tarde. Ela nós indicou dois passeios: o riozinho e a cachoeira da Conceição dos Gatos. O almoço eu não consegui comer, o Walfredo comeu tudo, gostaria de ser que nem ele. Come de tudo, não ter frescura para nada. Eu até forcei a barra, empurrei umas garfadas, mas a coisa não andou.

Vamos para as belezas naturais. Seguimos na explicação que nos deram, Como sempre o Walfredão não presta atenção no que as pessoas falam e passamos da entrada. Mas valeu a trilha que fizemos, uma estradinha muito fininha e com mata nativa. O ensaio de rally estava bom.



Voltamos e vimos uma pessoa parecida com o Bob Marley sentado numa pedra, olhando o infinito. Pedimos permissão para fotografá-lo e informação sobre a trilha, para chegar no Riozinho. A água é preta, mas ele afirma que não é poluída e sim que contêm minérios e substâncias orgânicas da mata que o rio atravessa.











Agora era vez de ver a cachoeira de Conceição dos Gatos. Quem nós atendeu foi dona Zenaide. Uma senhora encantadora. Arranjou-me um cajado e disse que eu iria me dar melhor com ajuda dele. Partimos para interessante caminhada, que daria no topo da cachoeira. Não era legal para fotografar. Arriscamos algumas do rio e de outra de uma cachoeira menor, e descemos.




Sentamos na frente da casa com Dona Zenaide. Que ofereceu café, bolo, salgadinho. Ela diz que tem que tratar bem os turistas para eles voltarem. No lado da casa ela colocou um comedor para dar comida aos passarinhos. Ela contou que já estava na hora dos cardeais vierem comer. Ficamos ali para fotografar os bichinhos. Tão preocupada com a gente, ela queria que fizéssemos uma boa imagem da cachoeira. E mandou irmos à casa do vizinho que lá daria uma foto e tanto.


Quando voltamos ela não deixou nós sair por que era hora dos quem quem. E cada vez que pensávamos em ir embora aparecia um pássaro diferente. O último foi um de cor laranja com o nome de Sofrer.



Depois voltamos para fotografar mais o vale do Capão, tinha muita coisa fotogênica.
Nossa janta foi no camping trocando ideia com o Vinícius, gerente da noite do camping, juntamente outros campistas. Depois da sopa e do vinho, fomos ver a vida noturna da cidade. Estava passando o filme Na natureza selvagem, de graça, num espaço que tem na praça central. Já havíamos visto então continuamos andando. Após algumas conversas fomos dormir.