terça-feira, 27 de março de 2012

A dificil escolha


Vamos retomar ao nosso blog, faremos um post por semana, contando como estão os preparativos para nossa grande aventura de 720 dias.
Há mais ou menos seis meses começamos a procurar um carro, que fosse econômico, confortável e que pudesse adaptar um camper ou algo semelhante. Em outubro achamos um carro com o preço muito bom. Eles aceitavam nosso caminhãozinho e davam um desconto de 21%. O carro era completo, tinha mais do que precisávamos. Fizemos negocio! Estávamos felizes com a compra.

Nosso branquinho levou 30 dias para chegar. Marcamos uma viagem para experimenta-lo. Fomos na fronteira com o Uruguai, em Rio Branco. Foi onde descobrimos que ele não era apropriado para ficarmos 720 dias dentro dele. O desconforto era geral. O passageiro tinha a impressão de ser degolado com o PM que fica em frente.
Depois dessa viagem começou nossa maratona e corrida contra o tempo para achar outro carro. Sempre lembrando que o nosso orçamento já estava escasso. Não tínhamos muito dinheiro para investir em outro veiculo.


Achamos uma Van. Perfeita, confortável, com painel aberto, porta tudo que era treco até mapa. Encantamos com ela. O melhor de tudo era que podíamos fazer nossa casa na traseira, sairíamos do banco para dentro de casa, não saindo para rua. Sem falar no valor que eles pagavam no nosso veículo, o mesmo que pagamos. Estava tudo muito perfeito, corremos para conseguir a documentação toda antes da virada do ano. No dia de fechar descobrimos que os amortecedores quase encostam no chão, impossibilitando da gente andar por nossas estradas preferidas, que são as de chão batido e barro.

No dia 29 de dezembro estávamos tristes, nosso sonho de sair do banco da frente e entrar para casa não podia mais acontecer. Novamente estávamos na estaca Zero. Esse tipo de veículo não serviria para nós. Contamos aos nossos clientes e eles prontamente passaram a vivenciar nossa pesquisa. Ligavam para a gente ir em tal lugar ver um carro. Todos os dias apareciam com sites novos.

Até que, numa manhã, Luciano um cliente do Rio Grande do Sul, apareceu com endereço de um site. Todo contende dizendo que era perfeito para nós. Tinha um moto-home Mercedes 808, igual aos micro-ônibus, ano 70, lindo de morrer. Eu mesmo me apaixonei por ele. Cheguei a viajar na minha imaginação. O Walfredo achou muito velho e que o veiculo não aguentaria nem o começo da aventura.

No mesmo dia André, outro cliente, falou da f-250. Ficamos loucos quando vimos. Buscamos site das revendedoras. Fomos conhecer o carro. Fantástico, enorme, dava para dormir no banco de trás. Entramos na internet para ver usados, já que nosso orçamento não permitia um novo. Fomos até barganha nas concessionárias. Mas elas nem bola para nós e para o nosso projeto. Até hoje estamos esperando o retorno da nossa proposta.

Lembrei que meu filho era amigo do dono, de uma loja que vende carros 4X4. Entramos no face dele e convidamos para ser nosso amigo. Marcamos uma reunião. E, lá estávamos nós, querendo apresentar um projeto de retorno e ele querendo vender um carro.

Os olhos do gerente e do vendedor brilhavam. Eles entenderam o projeto, mas o dono não. Apenas queria vender o carro.
Estudamos o carro. Ele era menos completo que o nosso. Não tinha quase nenhum opcional. Mas tinha o painel aberto, dentro do carro o desconforto acabava.

A proposta que ele fez não era ruim, mas não aceitamos. Tínhamos que colocar mais dinheiro do que planejado. O vendedor e o gerente estavam malucos pelo projeto. Viam retorno financeiro se viajássemos com o carro deles, mas o dono não. Mas, foi pelo entusiasmo deles, que não desistimos da compra. E, durante três meses eles nos cativaram e encheram de esperanças. Tentavam a todo custo baixar. Até que no dia 21 de março, cedemos um pouco e fechamos negócio. Nesse dia os dois funcionários da empresa emocionados fizeram uma festa. Vamos de Triton alinhavar as Américas.

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